+ Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e Sua Mãe Maria Santíssima!
Aquele foi o momento da vocação de Maria. E daquele momento dependeu a possibilidade mesma do Natal. Sem o Sim de Maria, Jesus não teria nascido.
Caros Irmãos e Irmãs! Meus caros jovens! Que lição é esta para todos! Vós, aqui presentes, sois Seminaristas ou amigos do Seminário, e sois também Pais e Familiares destes jovens. Pois bem, o Evangelho de hoje é verdadeiramente adequado a este nosso encontro, para nos fazer reflectir sobre o tema da vocação.
De fato, sem o Sim de tantas almas generosas, não é possível continuar a fazer nascer Jesus no coração dos homens, isto é levá-los à fé que salva. Mas precisamente isto é necessário: que o "Eis-me" de Maria se repita sempre de novo, e quase reviva, na vossa dedicação e na de tantos como vós, para que não faltem nunca ao mundo a possibilidade e a alegria de encontrar Jesus, de o adorar e de se deixar guiar pela sua luz, como já aconteceu com os pobres pastores de Belém e com os Magos vindos de longe. Esta de fato é a vocação: uma proposta, um convite, aliás uma solicitude para levar o Salvador ao mundo que tanto necessita dele. Uma recusa significaria não só repelir a palavra do Senhor, mas também abandonar muitos nossos irmãos no erro, no não-senso, ou na frustração das suas aspirações mais secretas e mais nobres, a que não sabem e não podem sozinhos dar resposta.
A vida consagrada, profundamente arreigada nos exemplos e ensinamentos de Cristo Senhor, é um dom de Deus Pai à sua Igreja, por meio do Espírito. Através da profissão dos conselhos evangélicos, os traços característicos de Jesus — virgem, pobre e obediente — adquirem uma típica e permanente « visibilidade » no meio do mundo, e o olhar dos fiéis é atraído para aquele mistério do Reino de Deus que já actua na história, mas aguarda a sua plena realização nos céus.
Ao longo dos séculos, nunca faltaram homens e mulheres que, dóceis ao chamamento do Pai e à moção do Espírito, escolheram este caminho de especial seguimento de Cristo, para se dedicarem a Ele de coração « indiviso » (cf. 1 Cor 7,34). Também eles deixaram tudo, como os Apóstolos, para estar com Cristo e colocar-se, como Ele, ao serviço de Deus e dos irmãos. Contribuíram assim para manifestar o mistério e a missão da Igreja, graças aos múltiplos carismas de vida espiritual e apostólica que o Espírito Santo lhes distribuía, e deste modo concorreram também para renovar a sociedade.. A presença universal da vida consagrada e o carácter evangélico do seu testemunho provam, com toda a evidência — caso isso fosse ainda necessário —, que ela não é uma realidade isolada e marginal, mas diz respeito a toda a Igreja..Na verdade, a vida consagrada está colocada mesmo no coração da Igreja , como elemento decisivo para a sua missão, visto que « exprime a íntima natureza da vocação cristã » e a tensão da Igreja-Esposa para a união com o único Esposo . Diversas vezes se afirmou, no Sínodo, que a função de ajuda e apoio exercida pela vida consagrada à Igreja não se restringe aos tempos passados, mas continua a ser um dom precioso e necessário também no presente e para o futuro do Povo de Deus, porque pertence intimamente à sua vida, santidade e missão.
[Beato João Paulo II]
Deus abençoe!
Com orações, Ir Ma Michaela,I.H.
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